Comemorado em 23 de junho, o Dia Olímpico acontece neste ano às vésperas de uma situação inédita na história dessa competição: os Jogos de Tóquio, previstos inicialmente para o ano passado, serão realizados com atraso devido à pandemia de covid-19.
Foi logo após outro momento de dificuldade para a competição — a Segunda Guerra Mundial, que levou ao cancelamento dos Jogos de 1940 e 1944 — que surgiu a ideia do Dia Olímpico: em 1947, a sugestão de criar a data foi apresentada pela primeira vez por um membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) da antiga Tchecoslováquia. A aprovação da ideia aconteceu no ano seguinte. A data de 23 de junho é uma homenagem ao dia da fundação do COI, em 1894, em Paris.
A data é dedicada a eventos culturais e esportivos para promoção dos valores olímpicos no mundo inteiro — valores que dizem respeito a todos, sem distinção de idade, gênero ou origem social. Desde 1987 o Dia Olímpico é especialmente associado à realização de corridas comemorativas em diversos países. No ano passado, as restrições a eventos coletivos e a necessidade de distanciamento social, como forma de prevenção contra a covid-19, mudaram a programação do Dia Olímpico, que se concentrou em uma série de ações digitais.
Devido à pandemia, a abertura das Olimpíadas de Tóquio, originalmente prevista para 24 de julho de 2020, foi transferida para 23 de julho de 2021. Entre as novidades previstas estão a inclusão dos seguintes esportes entre as modalidades olímpicas: beisebol, escalada, caratê, skate e surfe. Serão adotadas uma série de medidas de segurança sanitária — por exemplo: não será permitida a entrada de torcedores de fora do Japão. Os Jogos Olímpicos de Tóquio vão se estender até 8 de agosto. Os Jogos Paralímpicos, por sua vez, serão realizados entre 24 de agosto e 5 de setembro.
A vacinação dos atletas e da equipe técnica, ainda que não seja exigida para a participação nos Jogos, é recomendada pelo COI e já está sendo promovida pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) e pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Segundo o COB, a vacinação dos esportistas brasileiros que vão a Tóquio começou em 14 de maio, no Rio de Janeiro, em ação conjunta dos ministérios da Defesa, da Saúde e da Cidadania (espera-se que sejam imunizados cerca de 1.800 pessoas, entre atletas e credenciados). Em sua 23ª participação em Olimpíadas, o Brasil deverá levar ao Japão cerca de 270 atletas olímpicos e 230 atletas paralímpicos.
A senadora Leila Barros (PSB-DF) e o senador Romário (PL-RJ) são ex-atletas olímpicos. Leila Barros que conquistou medalhas de bronze no vôlei em 1996 e 2000, enquanto Romário obteve a medalha de prata no futebol em 1988.
A senadora é é autora do PL 241/2021, projeto de lei que visa assegurar a vacinação das delegações brasileiras e de suas comissões técnicas a tempo de participarem dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio. Ela também apresentou uma Proposta de Fiscalização e Controle (a PFS 2/2020), na qual solicita ao Tribunal de Contas da União (TCU) auditoria na destinação das estruturas esportivas remanescentes das Olimpíadas de 2016, realizadas na cidade do Rio de Janeiro, devido à extinção da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (Aglo) e de decisão da Justiça Federal para interdição das instalações olímpicas nessa cidade.
Além disso, Leila Barros é responsável pela relatoria, na Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH), da Sugestão 51/2019, que teve origem no projeto Jovem Senador, que tem o objetivo de tornar obrigatória a promoção e o incentivo à participação de alunos de escolas públicas de educação básica em competições desportivas — se essa sugestão for acolhida, o texto passará a tramitar como projeto de lei.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado