CT Paralímpico tem maior Festival do país com atividades para 600 crianças e jovens com deficiência
O Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, contou com o maior Festival do país ao realizar atividades esportivas e lúdicas para cerca de 600 crianças e jovens na manhã deste sábado, 4.
O evento é organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro desde 2018 e voltou ao calendário na temporada 2021, depois da suspensão no ano passado em decorrência da pandemia de Covid-19. As sedes foram distribuídas em setenta localidades em todas as regiões, desde o Amapá até a região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Pernambuco foi a unidade federativa que não contou com um núcleo.
Cada um dos 70 locais ofereceu a oportunidade de experimentação de ao menos três modalidades. São Paulo foi a cidade que mais participantes recebeu: cerca de 600 crianças passaram pelo CT Paralímpico na manhã deste sábado, 4, e experimentaram parabadminton, vôlei sentado e atletismo. Os demais núcleos oferecimento bocha, natação, tiro com arco, parataekwondo, canoagem, entre outros esportes.
"O objetivo do Festival Paralímpico é prover a primeira experiência esportiva para crianças e adolescentes com deficiência, que muitas vezes são excluídas das aulas de educação física nas escolas”, disse Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cinco (Atenas 2004 e Pequim 2008) e presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.
"São momentos fundamentais e estratégicos, porque estamos não apenas fomentando a base, mas dando a oportunidade para a criança vivenciar o esporte", completou Mizael.
"Alegria muito grande ver diversas crianças com deficiência praticando esportes, e como isso pode, de alguma forma, mudar a vida delas e de suas famílias, como mudou a minha", disse o vice-presidente do CPB e campeão paralímpico de atletismo, Yohansson Nascimento.
Em São Paulo, os velocistas Vinícius Rodrigues e Verônica Hipólito, cada um dono de uma medalha de prata em Jogos Paralímpicos, e Raíssa Machado, prata no lançamento de dardo em Tóquio 2020, prestigiaram o evento no CT Paralímpico. "Tive que trocar de prótese para acompanhar o ritmo das crianças. Para mim, estar aqui é uma alegria, trocar experiência com a criançada, eu tenho certeza que vai gerar uma lembrança por muito tempo não só para elas, mas para mim e para os demais atletas de alto rendimento que têm esta experiência", comentou Vinícius.
Mantendo a política de interligação entre seus projetos, o CPB também propõe aos participantes uma continuidade na prática desportiva. É o que explica o professor Ramon Pereira, diretor de desenvolvimento esportivo do Comitê Paralímpico Brasileiro
"Reunimos pelo menos 10 municípios em São Paulo, e quatro centros de referências, além das escolinhas do Centro de Formação do Comitê Paralímpico Brasileiro, no CT Paralímpico. O mesmo acontece nos outros estados e no Distrito Federal, onde o CPB já tem um centro de referência ou está em vias de instalar. Nosso projeto é estar presente em todas as unidades da federação, para atender à maior quantidade possível, desenvolver a base de atletas e dar qualidade de vida às crianças com deficiência. Todas as crianças estão sendo orientadas a procurar esses centros e associações locais, desde que, obviamente, elas tenham adquirido o gosto e a vontade de seguir com a prática esportiva", explicou Ramon Pereira, diretor de desenvolvimento esportivo do CPB.
O Festival Paralímpico Loterias Caixa também celebrou o Dia Nacional do Atleta Paralímpico, comemorado em 22 de setembro. No entanto, por conta da pandemia de Covid-19, o evento deste ano foi adiado e acompanhou o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado em 3 de dezembro.
Os Professores Toninho e Elvis do projeto KIATLETA-SPFC estiveram no evento levando seus alunos a essa experiência única.
Patrocínio
O Festival Paralímpico tem o patrocínio das Loterias Caixa.
Assessoria de imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro (
imp@cpb.org.br)