Juninho Groovador desabafa sobre “brasileiro não valorizar o próximo” após caso de xenofobia

Baixista conversou com Nando Machado em entrevista ao quadro ‘The Wikimetal Happy Hour’

Juninho Groovador, baixista e dançarino potiguar, comentou o caso de xenofobia sofrida nas redes sociais após uma campanha apoiando o brasileiro como opção para substituir David Ellefson no Megadeth.

No campo dos comentários da notícia veiculada no Wikimetal sobre a campanha, muitas pessoas apoiaram Groovador para o cargo, enquanto outros torceram por outros favoritos. Infelizmente, um comentário se destacou pela violência contra Juninho e aos nordestinos, com mensagem de ódio e xenofobia contra o baixista. Na época, nossa redação publicou uma nota de repúdio ao lamentável acontecimento. 

Convidado do quadro The Wikimetal Happy Hour desta semana, o músico falou sobre a situação. “A vida é uma sucessão de batalhas. Quando percebi que, com a minha irreverência e desenvoltura, com o amor inexplicável que tenho pelo contrabaixo, realmente surreal, eu sabia que ia encontrar concorrentes e opositores”, comentou. “Mas não de uma proporção tão forte dessas, das pessoas chegarem e quererem atingir até minhas raízes e minha identidade, meu amor que tenho pelo Nordeste”. 

Natural de Natal, no Rio Grande do Norte, Groovador leva toda a identidade musical da região para as versões de diversas bandas no baixo. “Quando parte para as pessoas quererem bloquear suas raízes, sua essência, de um ‘nordestiniano’ que quer vencer na vida, isso aí me atingiu muito”, continuou. “Tive que colocar nas redes sociais para as pessoas o grau do brasileiro de não valorizar o próximo”. 

O baixista explicou que aceita críticas construtivas e opiniões negativas sobre o seu trabalho, mas ódio gratuito ainda o afeto, mesmo optando por perdoar os agressores “Isso atingiu muito meu psicológico, passo vários momentos de mensagens negativas, de pessoas querendo realmente me destruir, mas uma mensagem dessa pesou na minha essência e eu não aceitei isso”, disse ainda. “Espero que a justiça seja feita e a gente procure a união e buscar o fair play”. 

Assista ao papo na íntegra abaixo. 

Fonte www.wikimetal.com.br/Nando Machado